Ano de 1975--Por recomendação Médica...devido ao stress de tantas costuras Mudamos de Florianópolis para Mafra...interior de Santa Catarina. Com a venda de nossa casa na Capital, meu ex-marido comprou tres terrenos e em um deles construio outra casa para nós.
Moramos de aluguel por algum tempo.Minha saúde não melhorava...então procuramos por um bom médico e nos recomendaram um ginecologista, que atendia também como clínico geral.
Depois de muitos exames, foi constado que eu estava com a vesícula muito cheia de cálculos e precisava ser urgentemente retirada.
Fiz a cirurgía , passei bem e em sete dias ja estava em casa.
Passaram alguns dias , me recuperei rapidamente , voltei ao médico e aproveitei para fazer também um exame ginecológico.
Senti um pouco de preocupação nas palavras do médico quando falou--vc está grávida !!!??-- Estou???
Minha alegria foi muito grande....este seria meu quinto filho e eu estava certa que seria um menino......pois se a terceira estivesse viva eu estaría com quatro meninas, era hora de vir um menininho.....A gravidez foi normal...a única diferênça das outras é que ao invés de Eu sentir dores de dentes e enjoos" era meu marido que sentia".
Quase dez meses se passaram. Eu não sabia o tempo exato (mas mãe não se engana) . Foi providenciada então uma cesariana.
Quando estava voltando do estado anestésico,naquela alegria que toda mãe de verdade sente, aos pés da cama estava o pediatra , meu ex ,muito tristinho sentado ao lado da cama..
.Ainda sonolenta ,olhei para o pediatra e..... Vejam as palavras que o pediatra dirigiu a mim.....-----O QUE VCS FIZERAM COM TEU FILHO?, Co m espanto eu perguntei---Que aconteceu? -Ele não me respondeu ...virou-se e saiu do quarto.
Meu ex começou a chorar e saiu do quarto também !!! Com o susto e sem saber o que estava acontecendo, talves tentei levantar ,não lembro . Tive uma hemorragia e só voltei a mim dois dias depois.
Alguns amigos estavam no quarto, tentando me consolar e eu nem sabia o que estava acontecendo.
Nisto chegou uma enfermeira, pediu que todos se retirassem, queria falar comigo a sós. ---olha minha querida...teu bebê é um menino como vc queria....mas nasceu com Hidrocefalía-- ???? (eu nem sabia o que era isso), e o fato de saber que estava vivo para mim era o mais importante.
----Quero ve-lo-- .Ela me levou até o berçario , e pelo vidro apenas ,pude ver meu bebê. Só neste momento vi o que era Hidrocefalía. (continuo no px. post)
Para quem não sabe o que é Hidocefalía: Minha mãe contava que havia tido um bebê com" água na cabeça", mas eu não fazia a menor idéia de como era.Hidrocefalia é comumente conhecida como 'água no cérebro', embora este termo não seja preciso. É a condição onde os espaços de fluído no cérebro (ventrículos) se tornam alargados. O sistema ventricular se dilata quando o fluxo é obstruído.Se as vias de drenagem do líquor forem obstruídas em algum ponto, o fluído se acumula nos ventrículos do cérebro, causando neles um inchaço - resultando na compressão do tecido ao redor. Em bebês e crianças, a cabeça se alargará; em crianças mais velhas e adultos, o tamanho da cabeça não aumenta porque os ossos que formam o crânio já estão completamente unidos.
O tratamento mais comum das hidrocefalias é através de cirurgias chamadas de derivações, ou seja, que derivam o LCR das cavidades onde naturalmente se represa e drenam para outras cavidades do corpo, diminuindo assim o excesso de líquido dentro dos ventrículos. A drenagem é feita por catéteres delicados que têm em seu trajeto uma válvula que controla a quantidade de líquido que deve ser drenada. Há grande diversidade de válvulas disponíveis nos dias atuais, sendo necessário escolher a que melhor deve se adaptar a cada paciente. A cirurgia mais freqüentemente realizada é a derivação ventrículo peritonial, quando o catéter é colocado de modo a drenar o LCR dos ventrículos para a cavidade abdominal.
Esta foi a imagem que vi de meu bebê, pelo vidro da maternidade. (continua
terça-feira, 15 de janeiro de 2008
A curta história de Sandrinho (1ª parte)
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Reniti Maria
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terça-feira, janeiro 15, 2008
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A curta história de Sandrinho (2ª parte)
Meu bebê foi então encaminhado para Curitiba onde sería submetido a uma cirurgía, (como expliquei na 2ªparte).
Meu estado de saúde não era dos melhores, então meu médico não me deu alta para acompanhar meu bebê.
Antes de partir ele foi batizado , eu ja havia convidado os padrinhos, e eles se prontificaram de levar o Sandrinho para Curitiba,ficariam com ele até minha recuperação.
Mais dois dias apenas e , implorei que me dessem alta porque queria cuidar eu mesma de meu menino.
Meu médico muito contrariado, me deu alta mas com uma série de recomendações.
Assim que saí do hospital de Mafra; do qual tenho ótimas lembranças, pelo carinho e bom atendimento todas as vezes que fiquei hospitalizada ....(foram muitas).
Como eu estava dizendo......assim que saí ,esqueci completamente de minha saúde , meu pensamento era apenas no Sandrinho.
Interessante que para mim , naquele momento, só ele existía, só ele precisava de minha atenção e de meus cuidados.
Fui em casa, pegar algumas roupas ,me despedir das meninas e viajamos para Curitiba.
Quando chegamos, meu filho estava internado num hospital infantil "Pequeno Principe"porque diziam ser o melhor ,mas não haviam ainda providenciado nada.
Pedi então que me recomendassem outro e o fizeram.
Meus compadres (não os vejo faz muitos anos) estavam exautos, mas mesmo assim ,nos acompanharam até o outro hospital. Quando chegamos ,fomos atendidos imediatamente.
Levaram o Sandrinho para dentro dizendo que não podia entrar acompanhante ... e nos deixaram esperando na emergência por mais de tres horas .
Pedi para falar com o Diretor e finalmente permitiram que eu ficasse mas teria que esperar até o dia seguinte para desocupar um quarto. Sugeri a meu marido e compadres que voltassem para casa que eu ficaria esperando até o dia seguinte. Passei uma noite não muito agradável mas estava feliz por poder ficar.
As nove horas da manhã seguinte , me convidaram para entrar. O Sandrinho ja me esperava no quarto , as enfermeiras haviam colocado nele um tip-top amarelinho que eu havia levado e estava até de chuquinha esperando a mamãe.
Foi uma emoção muito grande , pois pela primeira vez peguei meu menino no colo.
As enfermeiras sairam devagarinho e nos deixaram abraçadinhos, pois elas com sua experiência sabiam o que viría pela frente. >>>continua
Para carregar meu filho nos braços, precisava por em cima de um travesseiro porque a cabecinha era do mesmo tamanho do corpinho,esta era a melhor maneira de segura-lo.
Passadas algumas horas, as enfermeiras voltaram, trazendo almoço para mim...(desde a manhã anterior que eu não comia) e a mamadeira para ele. Enquanto faziamos nossa refeição foram buscar uma caminha e cobertores , fazia muito frio . Durante a tarde , ficamos juntinhos e eu descancei bastante. Na verdade não podia agitar muito por causa da minha cirurgía. Meus seios estavam enormes de tanto leite, tentamos várias vezes fazer o Sandrinho mamar ,mas ele só dava risadas e só queria brincar, parecia uma criança de quatro meses.
A solução então era tirar o leite ,que sería usado no berçario para outras . As cinco horas da tarde o médico entrou no quarto para nos conhecer e avisar que a primeira cirurgía estava marcada para as sete da manhã do dia seguinte.> Sobre a cirurgía ja expliquei na 2ª parte.<
Acordei com o movimento das enfermeiras levando o Sandrinho para a sala de cirurgía.
Falaram para que eu continuasse deitada ,pois a cirurgia levaria mais de duas horas ( demorou 5 hs) ,depois o Bebê iría para a recuperação e provavelmente viria a noite.
Imaginem se eu conseguiría ficar deitada!!!.A ala em que estavamos era " Ala dos pacientes finais". Eu não sabia exatamente o que significava ,"pacientes finais", mas descobri assim que abri a porta, no quarto da frente estava um movimento grande e muita conversa, uma das enfermeiras segurava pelos pés (igual açougueiro pega um pernil) uma criança de mais ou menos tres a quatro anos e dizia
--Olha que menino lindo,parece um porquinho gordo e parecia tão saudável, de que será que morreu? .
Me pareceu que ela não sentia absolutamente nada--- nenhum respeito pela criânça nem pela dor das pessoas que o amavam...foi uma cena deprimente. Fiquei pensando depois,--pacientes finais--são as pessoas com pouca chance de sobreviver! porque nos colocaram ali? .Mais tarde questionei sobre isto e me responderam --porque não havia vagas para que eu pudesse ficar junto. Assim me senti melhor , e fui visitar cada um dos pacientes internados.
Havia uma capela próxima a nossa ala que se tornou meu refúgio por tres longos meses.
As cinco horas da tarde o Sandrinho voltou....Sua cabecinha havia diminuido dois cm e todos estavam alegres por isto, principalmente eu. Era feito um acompanhamento diário do volume...mas minha alegria durou apenas cinco dias...voltou a crescer novamente. Outra cirurgía----mais outra---e mais outra, sem solução.
Veio então um especialista da Alemanha para fazer a quinta cirurgia, todos estavam cheios de esperânça. O Sandrinho ja estava conhecido...por seu sorrisinho alegre sempre que recebia uma visita. Para passar o tempo eu comprei uma tela para bordar,"A caçada real" , todos que chegavam queriam bordar um pouquinho e assim foram deixando uma lembrancinha...Faltavam poucos dias para a quinta e última cirurgía ,recebi um telefonema , o enfermeiro chegou apavorado, dizendo que o delegado de Mafra falou para eu ir urgente para lá e que não falou o porque. Mil coisas passaram em meu pensamento, e a que mais persistia era de um acidente de carro . Muito nervosa , não podia deixar meu filho sosinho, pedi ao diretor para telefonar para uma de minhas irmãs que morava em Florianópolis. Expliquei-lhe a situação e ela prontamente atendeu meu pedido. Eram quatro da tarde , pegaria o ônibos das cinco e em cinco horas chegaría (dez horas da noite)e que eu fosse tranquila ver o que estava acontecendo. O meu ônibos sairia as sete , mas uma enfermeira ficou com o Sandrinho até minha irmã chegar. A viagem foi muito angustiante, eu imaginava muitas coisas ruins. Cheguei as nove horas ( ainda sem saber o que estava acontecendo ) fui direto para casa, "implorei" a Deus para que meus pensamentos estivessem mal direcionados; a mocinha (que ajudava nos trabalhos domésticos, abriu a porta ,com uma carinha de quem estava febril, mas com meio sorrisinho nos lábios, fui direto para meu quarto e encontrei meu ex. na cama e minhas filhas a seu lado ..GRAÇAS A DEUS- falei- e comecei a dar risadas feliz. Todos ficaram arregalados olhando para mim e muito decepcionados comigo por estar rindo deles (tadinhos..estavam doentinhos e a Mãe dando risadas!!!) é que eu estava muito feliz por saber que tudo não passou de um susto. Estavam com gripe ; até minha mocinha. Preparei uma canja de galinha e todos comeram muito bem..depois fomos todos dormir.
No dia seguinte ,levantei cedo fui comprar remedios e pedir ao farmacêutico que viesse olhar minha familia todos os dias;fui em busca de uma senhora que fazia faxina para mim,combinamos que viria todos os dias até que todos melhorassem. Tudo resolvido .Nisto bateram na porta..era uma moça muito bonita, pediu para falar comigo. Disse-lhe que estava com pouquinho de pressa mas ela retrucou dizendo que sabia de meus problemas e queria ajudar. Vejam vcs ....!!!! Ela veio se oferecer para abrir e tocar minha boutique, que estava fechada , falei que não podia assumir compromisso , meus gastos ja estavam sendo grandes e que não tinha condições de pagar para que atendesse a loja. Para minha surpresa disse-me ela --não quero ser paga pelo que pretendo fazer, quero fazer isto pelo carinho que temos pela Sra. e me contou que era filha de amigos meus. Combinamos o que ela poderia fazer e eu deixei a chave e parte de meu coração com ela, até os dias de hoje.>> Continua
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Reniti Maria
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terça-feira, janeiro 15, 2008
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A curta história de Sandrinho (3ª parte)
Voltei para Curitiba com meu coração transbordando de Amor e agradecendo a Deus por ter-me ajudado a resolver pelo menos em parte meus compromissos de mãe ,esposa, dona de casa e empresária.
Cheguei a tempo para que minha querida irmã pudesse pegar o ônibos de 17 horas para Florianópolis.
A cirurgia foi marcada para dois dias depois...minha anciedade era muito grande. As sete da manhã vieram buscar meu nenêm e eu fui direto para a capelinha , eu não conseguia mais rezar, então pedi a meu Anjo da Guarda que mais uma vez me ajudasse. Me sentei no banquinho da capela, segurando a cabeça entre as mãos ; Ouvi bater o sino de meio dia e de repente entram duas freiras, ajoelharam-se a minha frente, depois mais uma que se ajoelhou a meu lado, fez sua oração e depois devagarinho colocou sua mão em minhas costas e falou baixinho-----"vamos mãe , vamos descançar e esperar seu bebê , Nossa senhora estará sempre do teu lado...tudo vai ficar bem." Encorajada por estas palavras voltei para o quarto e fiquei esperando.
O Sandrinho só voltou a noitinha, e tudo parecia normal,a cabecinha estava bem menor . Enquanto ele ainda dormia ,na manhã seguite, fui lavar as roupinhas. Como não havia um lugar para lavar e era proibido pendurar roupas no quarto´,eu lavava na pia e para secar ,no quarto ao lado a janela abria para um espaço de uns dois metros mais ou menos, eu pulava a janela e estendia nos galhos de uma árvore (naquele tempo ainda não existiam fraldas descartáveis nem varal como temos agora) Quando a enfermeira veio dar o remedinho, contei a ela sobre o que a freira havía me falado, e por isso eu estava mais tranquila. Chegou o quinto dia da cirurgía, o médico veio tirar os pontinhos e me falou que para o meu bem , o bem de minhas outras filhas ia me dar alta.
Não entendi direito ..!!! e para o bem de meu nenêm? Fiquei sem resposta.....Mais tarde vieram tres sras , para conversar comigo, tudo estava muito estranho...reclamei da atitude do médico e a mais velha falou---Ele está muito preocupado ; sobre aquela história de que uma freira conversou com a Sra. "Não existem freiras aqui"!!!! ----como não??!!! eu falei--sempre que vou a capela tem duas ou tres rezando?? Fui saber então que o médico era ateu e que para ele...eu estava ficando "doente" e minhas outras filhas precisavam de mim. Fiquei indignada, furiosa até,isto era covardia da parte dele. Mas só o fato de ter deixado meu filho nas mãos de quem não confia em Deus me fez vir lágrimas e só então chorei....uma dor enorme em meu peito pedindo perdão a meu filho . Mansamente arrumei nossas roupas, telefonaram para meu ex marido vir me buscar....A Diretoria não nos cobrou nada .....o que eu mais queria era levar minha criança embora.....Continua
"Relembrar fatos e acontecimentos que nos fizeram sofrer, é como fazer sangrar uma velha ferida, por isto demorei um pouquinho para continuar a história de meu Sandrinho".
Voltamos para casa em silêncio, a dúvida e o medo de perder mais um filho, tomara conta de nossos pensamentos. Nada, nenhuma palavra dita , podería amenizar nossa dor. Ainda assim...eu tinha esperânças de que com meu amor eu podería ajudar meu bebê a superar tudo isto, e que os catéteres voltassem a funcionar, drenando o líquido para outras cavidades do corpo e diminuindo assim o escesso de líquido dentro dos ventrículos.
Fazia muito frio na cidade em que moravamos, e precisava mante-lo juntinho de mim para aquece-lo.
Uma semana depois e Sandrinho não apresentava melhoras, ja não sorria quando eu me aproximava,parecia ja não me ver.
Fomos visitar outras familias, com crianças que tinham o mesmo problema. Havia um menino que ja estava com seis anos e até aprendendo a ler!!! Eu ficava imaginado,meu Sandrinho no futuro e minhas forças renovavam.
Foi quando conheci "Espiritismo".
Quem ja passou por isso, sabe ; "Procuramos o apoio da família, dos amigos, da religião, de qualquer tipo de apoio que nos oferecem.
A dor de perder um filho é terrivel, é dilacerante,não tem como descrever, eu sabia disso, ja perdera uma menina e não teria forças para passar de novo .
Não existe, em nenhum idioma, uma palavra para definir a morte de um filho. 'É uma dor que não tem nome, algo que não se espera.'
Apesar de todos meus esforços, de minhas orações de meus apêlos á Nossa Senhora Aparecida, chegou a hora de meu Sandrinho partir.
Certa noite, (passava as noites praticamente acordada), toquei no Sandrinho e estava muito gelado..acordei meu ex marido e pedi que fosse á cozinha para fazer fogo no fogão para ajudar a aquece-lo. Meu marido não tinha muita prática e falou;
--eu seguro o bebê e vc faz o fogo...coloquei a lenha e ele falou novamente:
--Mãe....o Sandrinho morreu!!!
Não!!!-- ele só está gelado de frio !!!
----Acabou de dar o último suspiro agora !!
Choque, depressão, revolta, impotência, sensação de fracasso, negação, raiva, culpa, angústia, todos estes sentimentos em apenas um segundo.
E foi assim a Curta história de meu Sandrinho.
Dezesseis anos mais tarde ,perdi novamente outra filha, com 20 anos de idade,Chamava-se "Sinara"..mas esta é uma outra história.
...minha vida não foi somente de tristezas e tenho muitas outras histórias para contar: Afinal...... "MINHA VIDA É UM SHOW FANTÁSTICO" (palavras de minha grande amiga Negra)
Quem vive a perda não volta a ser a pessoa que era antes, porque a morte altera valores e hábitos.
"Aceitar a perda" é uma arte que deve ser aprendida e praticada por todos que desejam viver uma vida sadia e equilibrada... As perdas nao foram feitas para nos derrotar. Elas servem como oportunidades de Deus para abrir novas portas, novos horizontes.
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Reniti Maria
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terça-feira, janeiro 15, 2008
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